3.7.11

Crimes sem respostas

  • Nelson Ribeiro
     


Já se passaram 15 dias do desaparecimento do menino Juan de 11 anos, após mais uma operação policial no combate ao tráfico de drogas, comum as comunidades cariocas. Dessa vez na favela Danon em Nova Iguaçu na Baixada Fluminense, em meio ao intenso tiroteio entre policiais do 20º BPM (Mesquita) e traficantes, Wesley de 14 anos, irmão de  Juan foi alvejado e Wanderson de 19 anos que está em liberdade provisória, acusado de homícidio, mas família alega inocência, amigo dos irmãos também foi baleado, ambos foram internados no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas já receberam alta hospitalar. E a sociedade se pergunta onde está Juan?
Foto: Google Imagens


Foram ouvidas 38 pessoas do caso que está com a Divisão de Homícidios da Baixada Fluminense, foram encontradas pistas no local da incursão policial, cápsulas de projéteis de fuzil 7,62, um pé de chinelo que foi reconhecido pela mãe de Juan. O Estado ofereceu proteção a família do menino, no Programa de Proteção à Testemunha. Foi colhido material genético dos familiares de Juan, para uma possível identificação do menino. Há dias buscas pelo menino seguem, as informações do Disque-Denúncia (21) 2253-1177 que é uma ferramenta muito importante da população. A PM abriu sindicância para apurar se houve participação de policias no sumiço da criança, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame, afirmou que, caso policias do 20º BPM (Mesquita) ou algum outro servidor público estejam envolvidos, no desaparecimento de Juan, serão punidos. E as buscas continuam pela semana. Mais uma operação, em que pms não lograram êxito.
Não é a primeira vez que PMs, são suspeitos no desaparecimentos de pessoas, em 14/06/2008 a engenheira Patrícia Amieiro de 24 anos, voltava de uma festa no Morro da  Urca em sentido a Barra, onde estavam de serviço 4 policiais militares fazendo a segurança na saída do túnel do Joá. O carro de Patrícia foi encontrado dentro do canal da Joatinga na Barra com marcas de tiros e  o corpo nunca foi encontrado. Após 3 anos de seu desaparecimento a justiça  pelas fotos do veículo e o local onde ele foi encontrado não deixam dúvidas de que ela não poderia ter saído com vida e  declarou a morte presumida (presunção legal de que uma pessoa morreu mesmo sem a prova de sua morte- certidão de óbito) da engenheira. Os 4 PMs acusados por morte e ocultação de cadáver respondem em liberdade. Os pais de Patrícia ainda mantêm a esperança de encontrarem o corpo. 
 Foto:Google Imagens



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